sábado, 20 de fevereiro de 2010

Teu Amor me aproxima

Louvo o Teu Santo Nome, Senhor.
Quero fazer isso todos os dias do resto da minha vida.
Sinto-me tão dependente de Ti.
Ainda que muitas vezes isso me faça pensar sobre a estranheza da submissão.
Afinal, cresci e vivi a maior parte desta vida, acreditando-me independente.
Hoje, quando tento tomar as rédeas do meu dia, em qualquer decisão, gesto ou atitude, enxergo Tua mão.
Em cada momento, vejo que é Tua a diretriz da minha vida.
Se rebeldemente insisto em me desviar de seguir pela direção que indicas, sinto como se um imã me puxasse de volta.
Mais como um chamado, forte e suave, a me trazer de volta a terra.
Terra prometida.
Que sim, me obriga amorosamente a reconhecer que só Queres o melhor pra mim.
Porque essa tardia obediência consentida é fruto da sedução do Teu imenso amor.
Eu posso Senti-lo.
E isso vem, ainda que muito lentamente, muito mais do que eu desejo, transformando esse meu coração de pedra.
Senhor, obrigada.
Eu te amo muito, muito, muito.
E se de vez em quando eu me sinto distante, só posso Te agradecer ainda mais.
Porque o Senhor nunca está longe.
Era só isso que eu tinha pra dizer.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Laços de amizade

Laços de amizade são delicados.
São constituídos pela delicadeza da tolerância.
Trançados de firmeza na lealdade.
Reforçados na condescendência da separação.
Laços de amizade são fraternos.
Filamentos de compreensão.
Cordel de segurança afetiva.
Amálgama perfeito entre razão e coração.
Laços de amizade são genuínos.
Repreendem com brandura a transgressão.
Prescrevem apreço e consideração.
Estimulam a comunhão.
Laços de amizade são bençãos.
Fortificam a expressão do caráter.
O caráter que Cristo quer formar em nós.
Laços de amizade fazem amigos mais chegados que um irmão.
Agradeço todo dia pelos laços que tenho com [vocês].

Louvado seja

Louvado seja o meu Senhor!
Meu amado, meu amigo, generoso e firme.
Firme em seu imenso amor, pois não desiste.
Senhor de meus pensamentos e orações.
Reina Senhor, todos os dias no território do meu coração.
Faça de mim tua serva fiel e amável.
Amorosa e doce como é o Senhor.
Quero espelhar tua paz.
Espalhar tua paz reluzente e perene.
Falar de Ti e repetir incondicionalmente:
Jesus querido, eu te amo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ver e enxergar

Ver é diferente de enxergar.
Levei muito tempo até perceber.
A similaridade atrapalhava,
tanto quanto a dúvida.
Incredulidade.
Desconfiança.
Falta de esperança.
E assim, um coração aberto pra insegurança.
Com ela, a dor.
Ardilosa.
Traiçoeira e cruel.
Senhor, eu agia como Tomé.
Não mais quero ver pra crer.
Hoje creio.
Pra ver acontecer.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Otimista incorrigível

Este blog é pra louvar o Senhor, meu Deus.
Mas eu senti que devia postar aqui um texto que faz parte do livro 'Um otimista incorrigível', de Michael J. Fox. Lembra dele? O ator baixinho que fez a trilogia "De Volta para o Futuro".Por causa do uso excessivo de drogas quando era mais jovem, a saúde dele ficou comprometida e desencadeou o quadro de Mal de Parkinson, quando ainda nem tinha 30 anos.
Hoje, Michael J.Fox tem 48 anos e luta pela cura da doença e também pela manutenção da dignidade da própria vida.
Sempre fui fã desse ator, que é canadense, mas se consagrou nas séries e filmes americanos. E eu resolvi reproduzir aqui esse trecho pra quem quiser dar uma lida, mesmo que não seja fã dele, ou de cinema, porque sua luta, com alegria, me comoveu profundamente.
Aí, eu entro aqui, não com um salmo, mas com meu agradecimento por ter tido a chance de ler esse relato - quero ler o livro todo.
E também agradeço por estar bem de saúde e principalmente, por acreditar que Deus nos capacita a enfrentar todos os tipos de problemas. E que nem sempre, o problema da gente é maior que o dos outros.
Não estou comparando, porque não vejo consolo na comparação.
Mas queria compartilhar a idéia de que quando a gente tiver a sensação que tem apenas o tamanho de um grão de areia, a gente deve pedir ajuda a Jesus. Simplesmente, conversar com Ele. Abrir o coração e pedir ajuda.
Eu tenho feito isso e o Senhor tem feito eu me sentir um grão de areia bem forte e resistente.
E aí eu sinto que nenhum dos meus problemas é maior que o amor de Deus por nós.
Amém!
Glória a Deus somente por isso!


Publicado em O Globo - 15/11/2009

Nas primeiras páginas de 'Lucky man', descrevo uma manhã na Flórida, há dezenove anos, quando acordei com uma bela ressaca e meu dedo mindinho tremendo. Nos anos seguintes, minha vida passou por grandes mudanças. Na maioria das manhãs, por exemplo, acordo e meu dedo mindinho está totalmente imóvel; o problema é o restante do meu corpo, que treme de forma incontrolável. Tecnicamente, meu corpo só fica em paz por completo quando minha mente está em repouso total - ou seja, dormindo. Atividade cerebral baixa signifi ca menos neurônios queimando ou, no meu caso, pulando. Quando estou acordando, antes de a minha consciência acordar e saber o que está acontecendo, meu corpo já recebeu insistentes instruções neurais para que se mova, se torça e contorça. E qualquer chance de voltar a dormir já era.

Nesta manhã, Tracy já se levantou, está preparando o café da manhã e aprontando as crianças para a escola. Tateio o criado-mudo à procura de um frasco de plástico, engulo dois comprimidos e sigo rapidamente para a primeira de uma série de atividades que, mesmo sendo automáticas, demandam grande determinação. Levanto as pernas e as levo até o lado da cama. No instante em que meus pés encostam no chão, os dois começam a lutar. A distonia, uma doença complementar ao Parkinson, faz meus pés doerem e se curvarem para dentro, pressionando meus tornozelos contra o chão e fazendo as solas dos meus pés se encontrarem, como se estivesse juntando as mãos em uma prece. Arrasto meu pé direito até a ponta do tapete e pego com os dedos meu mocassim de couro. Forço o pé para dentro dele e repito o processo com o esquerdo. Então, com cuidado, me levanto. Confortados pela firmeza do couro, meus pés começam a se comportar. Os espasmos pararam, mas as dores ainda vão durar uns vinte minutos.

Primeira parada: banheiro. Vou poupar você dos detalhes iniciais da minha visita. Digo apenas que, para quem tem Parkinson, é essencial deixar o assento da privada levantado. Pegar a pasta dental não é nada comparado ao esforço feito para coordenar o trabalho das duas mãos, uma segurando a escova e a outra tentando colocar uma linha de pasta nas cerdas.

A versão refletida de mim, molhada, tremendo, enrugada, embaraçada e um pouco curvada seria alarmante, não fosse pela expressão de satisfação estampada em meu rosto. Eu me faria a pergunta óbvia, "do que você está rindo?", mas já sei a resposta: "a partir de agora o dia só melhora"
Agora, minha mão direita já está levantada e fazendo movimentos circulares com meu punho, perfeito para o que farei em seguida. Minha mão esquerda guia a direita até a boca e, quando a parte de trás da escova toca a gengiva atrás do lábio superior, eu a solto. É como soltar o elástico de um estilingue e, comparando, é tão poderoso quanto a melhor escova elétrica que existe no mercado. Contudo, não há o botão "desligar", então preciso parar meu braço direito com a mão esquerda, forçando-o para baixo até a pia e desarmando-o da escova, como se faz com alguém com uma faca em um filme. Em geral, consigo saber se estou em um bom dia para fazer a barba ou não, e, nesta manhã, como na maioria delas, decido que é cedo demais para arriscar uma carnificina. Resolvo passar apenas o barbeador elétrico rapidinho. E viva Miami Vice!

Um banco no chuveiro dá uma força aos meus pés, e a água batendo constantemente em minhas costas tem efeito terapêutico, mas, se ficar muito tempo sentado aqui, posso não me levantar mais. Vestir-me já é mais fácil, graças aos comprimidos, que começam a fazer efeito. Evito roupas com muitos botões ou cordões, porém sou viciado em Levi's 501, o que me faz ser uma vítima da moda no estrito senso da palavra. Em vez de me pentear de verdade, ergo os dedos tremulantes até a cabeça, passo a mão no cabelo e torço para ter ficado bom. Viro-me devagar (minhas pernas ainda não ganharam confiança hoje) e sigo em frente para ver minha família.

Na saída do meu quarto para o corredor, há um grande espelho antigo com moldura de madeira. Não consigo evitar dar uma olhadela em mim mesmo enquanto passo por ele. Virando-me totalmente para o espelho, considero o que estou vendo. Essa versão refletida de mim, molhada, tremendo, enrugada, embaraçada e um pouco curvada seria alarmante, não fosse pela expressão de satisfação estampada em meu rosto. Eu me faria a pergunta óbvia, "do que você está rindo?", mas já sei a resposta: "a partir de agora o dia só melhora".

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Manda quem pode

Senhor, tua vontade é soberana e perfeita.
Tu estás no controle e nem por isso nos obriga a obedecer.
Mas se o faço é porque sinto que é assim que deve ser.
Obrigada por me fazer entender.
Como eu disse, eu tenho uma fé pequenininha.
Mas pelo menos minha obediência fica cada dia maior.
Amém!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Louvação

Vou fazer uma louvação
do que deve ser louvado.
Mas não quero plagiar o compositor.
A idéia é só fazer elogios em versos.
Afinal, é essa a única coisa que agrada o coração de Deus.
Louvação, louvação!
Para agradar a Deus é só louvar.
Louvar o seu Santo nome.
Louvar pelo seu amor.
Louvar pela misericórdia divina.
Seja louvado então, Senhor!